Reforma Protestante
A Reforma Protestante foi um movimento liderado pelo Martinho Luterno, no início do século XVI, para publicação de 95 teses para a criação da religião Protestante.
Lutero era Calvinista e acreditava que a salvação em Cristo se dá por intermédio da graça, ou seja, não pelas obras de mãos humanas mas pela obra do sacrifício de Cristo na Cruz. Lutero posicionou-se contra a venda de indulgências e outras práticas praticadas pela igreja católica cristã da época. Aliás, Lutero não desejava a divisão da igreja mas sim o reconhecimento dessas práticas como inadequadas ao verdadeiro cristianismo. Na época o povo não tinha acesso aos evangelhos, somente o clero. Mas a reforma possibilitou a tradução do evangelho em várias línguas e sua distribuição foi popularizada. Assim o povo pode conhecer a verdade a respeito da salvação em cristo, que não pode ser comprada, como acreditava-se na época!
Vilson Antônio Macicieski
A teste mudou totalmente a forma de ver a Igreja e o seus fíeis, como forma de protesto a Igreja Católica, assim dando inicio a religião Protestante ou Luterana.
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A Teste fui publicado no dia 31 de outubro de 1517 na porta da Igreja do Castelo Wittenberg localizado na Cidade de Wiitenberg na Alemanha.

Lutero teve diversos apoios desde religiosos e governantes europeus, iniciando uma revolução religiosa nos paises como: Suiça, Países Baixos, Inglaterra, Escandinava e alguns paises do leste Europeu. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como Contrarreforma ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.
Cemitérios Luteranos na Europa
Com a separação das religiões, iniciou-se o trabalho das localidades de países que definiram a religião Luterana como oficial a separação dos enterros em cemintérios distintos, Luteranos e Católicos.

Brasil

Pintura de Armando Martins Viana (1897-1992).
Com a vinda dos primeiros imigrantes Luteranos ao Brasil, acompanhados pelo D. João VI, na “fugitiva” da Família Real Portuguesa para o Brasil, os imigrantes permaneciam em sua religião luterana aqui no Brasil.
1º Cemitério Luterano no Brasil
Por solicitação do próprio D. João VI, os imigrantes que acompanharam o REI, em sua “fugida” de Portugal, devido a invasão Napoleonica, Suecos e Ingleses Luteranos, não tinham permissão para ter sepultados em cemitérios convencionais no Brasil, logo D. João VI cedeu um lote de terras e mandou construiu o 1º Cemitério Luterano no Brasil, no ano de 1811.
Os imigrantes que não seguiam o o catolicismo, religião dominante no país em 1811 – foram sepultados neste local.
Localização
O 1º Cemitério Luterano no Brasil está localizado no Meio da Mata Atlântica, na região chamada Iperó, fica a 130 km da capital de São Paulo entre Morro Araçoiaba e o Rio Ipanema.
Se hoje ainda existe uma certa intolerância religiosa, imagine há mais de 200 anos, quando as igrejas protestantes, anglicanas e presbiterianas estavam nascendo? Eles [protestantes] chegam em um país onde a igreja e o estado formam um único poder, todo mundo era católico, eles em 20 pessoas, de repente um morre. As cidades não enterram?
Historiador Sérgio Coelho
O espaço, praticamente esquecido na história, poderia passar despercebido por aqueles que visitam a Floresta Nacional de Ipanema, não fossem duas placas cravadas na terra, uma em cada lado da área.
1º Sepultamento
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Jonas Bergmann, era carpinteiro sueco, morreu de tuberculose e foi a primeira pessoa sepultada no campo, em um espaço atualmente cercado por árvores e espécies vistas normalmente em cemitérios, como cedros e ciprestes.
Ocorrências de Roubos e Translado de Ossos
Pela falta de informações no cemitério, resultado do tempo e de furtos que deixaram a área quase sem as características originais, não é possível precisar o ponto do jazigo de Jonas.
No entanto, de acordo com uma das placas, os restos mortais dos estrangeiros foram transladados para seus países de origem no início do século XX.
Lápides Restantes
Nas duas únicas lápides com nomes visíveis há registros do enterro de Ottilie Hund Neumann, em 1866, e de Russini Ed. Adelaide, em 1881, cujo primeiro nome desapareceu com parte da pedra que levava a inscrição.

Coelho afirma que não há registros sobre quantas pessoas foram enterradas no cemitério, mas acredita que o grupo de protestantes na região não era grande.

“A não ser que posteriormente vieram outras levas de alemães, por exemplo. Se só podiam vir luteranos para cá [cemitério], é outra história, que é muito interessante, polemizada, e precisava ser melhor investigada para saber se existia uma capela aqui ou não, se aceitavam o sepultamento de católicos, pois o inverso não acontecia”, frisa.
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Após a morte de Jonas Bergmann, o então diretor da Real Fábrica de Ipanema, Carl Gustav Hedberg, transmitiu ao príncipe regente, Dom João VI, a dificuldade de encontrar um local para o sepultamento do sueco.
Enviada ao Marques de Alegrete, capitão general da capitania de São Paulo, a Carta Regia datada de 28 de agosto de 1811, e assinada pelo monarca, determinou a escolha de uma área para abrigar os restos mortais dos protestantes.
Também vos encarrego a cuidar e que aí se estabeleça, e conserve em boa ordem um terreno, que sirva de cemitério aos ingleses e suecos, e em geral aos que não forem membros da Nossa Santa Religião, permitindo-lhes também que em suas casas particulares, e sem forma de igreja, possam reunir-se para o culto particular, que dirigem ao Ente Supremo, e no qual vigiareis, não possam jamais serem inquietados pelos habitantes do país, o que muito vos é recomendado. ”
Carta de Carl Gustav Hedberg para D. João VI.
Além de deixar claro que os protestantes teriam um local para o sepultamento, na mesma carta o monarca pede que o trabalho do grupo seja enaltecido, e afirma que o episódio da morte do carpinteiro causou um “horror” na população, que os via como hereges.
Tolerância
Para o historiador de Sorocaba, o ato de Dom João VI foi histórico e generoso por ser um monarca católico, que poderia “desprezar os estrangeiros” mas, no entanto, criou um ambiente de amizade e ainda determinou que a população respeitasse a crença do grupo.
“Acho que devemos continuar a reforma e passar aqui por esse local, que não é apenas a história da fazenda Ipanema, nem a história dos suecos que viveram, é um marco da convivência pacífica que foi se construindo ao longo do tempo, em torno de cristãos, católicos e não católicos. A cidade poderia continuar a frente nessa história, preservando o espaço que é, para mim, um monumento a tolerância religiosa”,
Historiador Sérgio Coelho
Bom dia Fernando!
Excelente artigo! Apenas gostaria de observar, a título de informação, que o protestantismo não foi um movimento contra o Cristianismo mas sim o contrário. Lutero era Calvinista e acreditava que a salvação em Cristo se dá por intermédio da graça, ou seja, não pelas obras de mãos humanas mas pela obra do sacrifício de Cristo na Cruz. Lutero posicionou-se contra a venda de indulgências e outras práticas praticadas pela igreja católica cristã da época. Aliás, Lutero não desejava a divisão da igreja mas sim o reconhecimento dessas práticas como inadequadas ao verdadeiro cristianismo. Na época o povo não tinha acesso aos evangelhos, somente o clero. Mas a reforma possibilitou a tradução do evangelho em várias línguas e sua distribuição foi popularizada. Assim o povo pode conhecer a verdade a respeito da salvação em cristo, que não pode ser comprada, como acreditava-se na época!
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Perfeito Vilson. Obrigado pelo comentário. Irei revisar no texto. Obrigado pela anotação.
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Obrigado a você pela oportunidade em contribuir com as informações! Parabéns pelo bom trabalho disposto aqui no blog!
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