O Navio Brasileiro que preocupou os Estados Unidos da América.
Texto de: Filipe Machado da Costa
Conheça mais…
D a t a s
- Batimento de Quilha: 31 de agosto de 1881
- Lançamento: 7 de junho de 1883
- Incorporação: 15 de julho de 1884
- Baixa: 1910
C a r a c t e r í s t i c a s
- Deslocamento: 5.700 ton.
- Dimensões: 97.72 m de comprimento, 15.25 m de boca e 5.94 m de calado.
- Blindagem: de 178 à 280 mm nas laterais do casco; 254mm nas torretas principais e 254mm na superestrutura.
- Propulsão: mista; vela, com três mastros armado em Barca, 8 caldeiras cilindricas a carvão e 2 máquinas combinadas de três cilindros a vapor, gerando 4.500 hp e acionando dois eixos.
- Velocidade: máxima de 16,5 nós.
- Raio de ação: ?
- Armamento: 4 canhões de retrocarga Whitworth de 9 pol. em duas torres duplas, dispostas em diagonal, uma a BE e outra a BB; 4 canhões de 6 pol. em quatro reparos singelos; 2 canhões de tiro rápido; 15 metralhadoras Nordenfelt e 5 portinholas para lança-torpedos de 18 pol. sendo três na superficie e dois submersos.
- Tripulação: 350 homens.
O Encouraçado Riachuelo e como ele representa o auge de toda glória da Marinha Imperial Brasileira:
O Riachuelo foi um encouraçado (navio de guerra) da Armada Imperial Brasileira, e por determinado período de tempo ele foi um dos mais temidos encouraçados do mundo.

Construção
Construído na Inglaterra pela companhia Samuda&Brothers a pedido do Ministro da Marinha do Brasil, o Almirante José Rodrigues de Lima Duarte, em 1880. O Ministro tinha intenção urgente de modernizar a Marinha Imperial, por isso pediu a fabricação dos Encouraçados Riachuelo e Aquidabã (Aquidabã era tão forte quanto Riachuelo, porém cerca de 2 nós mais lento).

Brasil
Chegando ao Brasil, aportou ao Rio de Janeiro em 13 de novembro de 1883, a embarcação foi subordinada à Esquadra de Evoluções, sob comando do Almirante Barão de Jaceguai. A Comissão Naval designada para acompanhar a construção e receber ambos os encouraçados foi presidida pelo Contra-Almirante José da Costa Azevedo, acompanhado pelo Engenheiro Naval Trajano de Carvalho.

A introdução do Riachuelo representou uma significativa vantagem no poderio militar da frota brasileira.
Navios Brasileiros “Poderosos”
De acordo com o livro “The Late Victorian Navy” de Roger Parkinson (página 60):
“Esses dois navios [Riachuelo e Aquidabã] fizeram da Marinha Brasileira a mais poderosa do Hemisfério Ocidental. E tiveram uma significativa influencia no desenvolvimento da política naval dos Estados Unidos”.
Esse mesmo livro também conta de outro navio brasileiro, o Almirante Barroso, e diz que “era tão poderoso quanto os navios em posse da marinha européia.”

De acordo com o artigo “Remember the Maine, A First-of-its-Kind Warship” do site “USN History”, o Riachuelo deu à América do Sul um imenso avanço em termos de poder marítimo.
Hilary A. Herbert, Presidente da “House Naval Affairs Committee” (Comitê de Assuntos Navais) em 1883 alertou o Congresso dos Estados Unidos da América:
“Se toda essa nossa marinha antiquada fosse colocada em um arranjo de batalha no meio do oceano confrontada pelo Riachuelo, é de se duvidar que uma só embarcação portando a bandeira Americana retornasse aos portos.”
Segundo o mesmo artigo, este foi um dos grandes motivos para que o Governo Americano se preocupasse em modernizar logo a sua Marinha, e assim foram criados os primeiros navios armados de batalha da Marinha Americana, USS Maine e USS Texas.
O armamento do Riachuelo contava com:
- 4 canhões de 229 mm (9,0 in);
- 4 canhões de 140 mm (5,5 in);
- 11 metralhadoras de 25 mm (0,98 in);
- 5 metralhadoras de 11 mm (0,43 in);
- e 5 tubos lança-torpedos
A blindagem do Riachuelo era de:
- 178 a 280 mm nas laterais do casco;
- 254 mm nas torretas principais;
- e 254 mm na superestrutura
O encouraçado também contava com uma tripulação de 367 homens (e oficiais) e uma velocidade de 16.5 nós (30,56 km/h).
O Riachuelo é, claramente, uma demonstração de como a Marinha Imperial Brasileira era poderosa e temida quando bem investida. Também é claramente uma prova de como o Brasil pode se destacar no cenário internacional se tiver um governo que faça um bom trabalho.
Façamos como a Armada Imperial Brasileira fez sob proteção do Imperador Dom Pedro II, vamos novamente erguer o Brasil para toda a glória que ele nasceu para ter!
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
Comandante | Período |
CMG Eduardo Wandenkolk | 15/07/1884 a __/__/188_ |
CF José Cândido Guillobel | __/__/18__ a __/__/18__ |
CMG Luiz Philippe de Saldanha | __/__/1889 a __/__/189_ |
CT Alexandrino Faria de Alencar | __/__/1889 a __/__/1889 |
CMG João Justino Proença | __/__/1893 a __/__/189_ |
CMG Alexandrino Faria de Alencar | __/__/1900 a __/__/190_ |
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.221-222.
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- A Marinha por Marc Ferrez – 1880-1910 – Rio de Janeiro, RJ, Brasil – 1986, Editora Index – VEROLME.
- Revista Marítima Brasileira, vol. 120, n.º 7/9, jul./set. 2000.
- Boiteux, Lucas Alexandre. Das Nossas Naus de Ontem aos Submarinos de Hoje.
- http://www.naval.com.br/ngb/R/R017/R017.htm
GRANDE ARMADA IMPERIAL BRASILEIRA ! VIVA O IMPÉRIO DO BRASIL!
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