Criado como uma região eminentemente agrícola e que apenas na década dos anos 50 começou a se expandir, foi conhecido primeiro como Salão Reiss e após a instalação do 13º Batalhão de Caçadores, atualmente 62 o Batalhão de Infantaria, e da existência da Sociedade Atiradores recebeu então a denominação de “Atiradores”.

No começo as principais atividades econômicas do bairro estavam associadas à agricultura e pecuária e ao comércio.

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História

“A Estrada Guiguer”, já desde o início da colonização quase teve ligação com o extremo da Deutsche Strasse ou Rua Alemã, a longa picada a se iniciar igualmente na Clareira do Jurapé, em direção oposta à Rua do Norte.

É a nossa atual Rua Visconde de Taunay que nasceu como “Mathiaspikade” ou Picada do Mathias.

Foi ao longo da “Mathiaspikade” que os imigrantes alemães se estabeleceram… E por razão lhe deram o nome de “Deutsche Strasse ou Rua Alemã”, conforme relata Elly Herkenhoff, em seu livro “Era uma vez um simples caminho…”, pág. 12.

Caminho de Roça

Na década de 50, a região tinha somente um caminhão de roça, um sitio, com pouquíssimas residências e seus moradores trabalhavam arduamente para garantir o sustento. Segundo informações de Elka Retzlaff, “O Sr. Adolfo Mielke possuía a maioria das terras da região, próximas a rua Eusébio de Queiróz e esta começou a expandir-se quando Sr. Mielke resolver a parte de suas terras, iniciando assim a colonização da região”.

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Sociedade de Tiro – Sociedade de Atiradores de Joinville Ano: 09-03-1913 Foto do AHJ

Origem do Nome

Conforme relata livro “História dos bairros de Joinville em 1992”, os antigos moradores entrevistados divergem sobre a origem do nome do bairro.

Para Ondina Pereira Silva, o bairro leva esse nome em função do 62º Batalhão de Infantaria da cidade, para Gertrudes Ziebarth e Raimundo Mertens recebeu o nome em função “Sociedade Atiradores”. Raimundo ainda explica que antigamente o salão era conhecido como “Salão Reiss”, uma única sede para prática de tiros e balas em Joinville.

SOCIEDADE ATIRADORES – Joinville (clique aqui)

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Comunidade

A maioria dos moradores deste bairro frequentava a Paroquia da Paz (situada na Rua Princesa Isabel) ou a Igreja SãoFrancisco Xavier (Catedral), para as práticas religiosas.

Os moradores antigos, faziam plantações de aipim, batata-doce, cana-de-açucar, criação de gado. Através de cavalos, carroças e bicicletas, iam até o centro da cidade para vender o leite produzido em casa. Segundos os moradores a implantação da linha de ônibus aconteceu apenas em 1956.

A energia elétrica foi apenas instalada na década de 40, mas poucos moradores conseguiram usar, porque precisavam fazer as instalações em casa e neste momento eram muito caros.

A água utilizada pelos moradores era água de poço, não se tinha água encanada, somente depois da década de 50 que a água foi canalizada.

Primeiras Famílias

Conforme relata o livro “História dos Bairros de Joinville” escrito em 1992 as famílias mais antigas do bairro Atiradores são:

  • Fisher
  • Heyden
  • Kill
  • Mertens
  • Mira
  • Mielke
  • Nass
  • Peterhans
  • Retzlaff
  • Ramos
  • Reck
  • Sell
  • Steuernagel
  • Silva
  • Wilke
  • Ziebarth

Nomes conhecidos

  • Maria Dias Ramos – nasc. 05/05/1915
  • Gertrudes Ziebarth – nasc 22/07/1922
  • Ondina Pereira da Silva – nasc. 06/08/1918
  • Ekla Retzlaff – nasc: 06/09/1917
  • Raimundo Mertens – nasc: 23/10/1913
  • Gustago Augusto Henrique Kill – nasc: 24/12/1906
  • Dorival Mertens – nasc: 20/10/1937
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Cemitério

Neste bairro, localiza-se o Cemitério Municipal, onde o primeiro sepultamento ocorreu em 04/11/1913. O local era pequeno e sua entrada principal era pela rua Ottokar Doerffel.

Hospício Oscar Schneider

Foi instalado aos fundos do Cemitério Municipal em 1923 e atendeu os pacientes até 1942, quando os mesmos foram removidos e as instalações serviram a 2ª Guerra Mundial e por último a cadeia publica da cidade. Segundo os relatos de Sras: Gertrudes Ziebarth e Maria Dias Ramos, “Inicialmente o hospício era para os loucos, depois para as torturas da Segunda Guerra Mundial e depois os presos ficaram ali”. Após 20 anos do fim da guerra, o prédio foi demolido aumentando a área física do cemitério.

62 º Batalhão de Infantaria

Teve a sua pedra fundamental colocada em 28/06/1921, na rua Ministro Calogeras, e sua inauguração em 01/10/1922. Em 16/01/1973 recebeu a atual denominação 62º Batalhão de Infantaria.

Wetzel

Em junho de 1921, nasceu na rua Alemã ( Atual Visconde de Taunay) a empresa Wetzel & Cia, denominada a partir de 1932. Grande empresa para contribuição da Manchester Catarinense.

Em 1991, segundo dados do IBGE, bairro Atiradores tinha 3.951 habitantes.

Hoje

Hoje, o bairro Atiradores, conta com uma área de 2,81km2, está à 2,05km do centro e possui um rendimento médio mensal de 6,46 salários mínimos.

Segundo dados do “Joinville Bairro a Bairro – 2017”, divulgado pela Prefeitura Municipal de Joinville, o bairro está com uma população dividida em: 52,8% mulheres e 47,2% homens, sendo a faixa etária predominante de pessoas entre 26 e 59 anos, e 77,5% dos imóveis construídos são próprios.

É nele que encontramos a rua mais famosa de Joinville, a Rua Visconde de Taunay, também conhecida como a Via Gastronômica, local onde existe uma grande variedade de bares e restaurantes.

Conhecido também como bairro nobre de Joinville, em que nele constam prédios e residências de alto padrão, é comum passar no final do dia pelas ruas do Atiradores e encontrar famílias caminhando e se exercitando.

Sinônimo de qualidade de vida, o bairro Atiradores é uma das melhores opções para se morar em Joinville.

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