A cidade de São Leopoldo, no início era habitada por índios carijós e por imigrantes açorianos. Era um vilarejo conhecido como Feitoria do Linho-cânhamo quando chegaram os primeiros 39 imigrantes alemães à região, em 25 de julho de 1824, enviados pelo imperador brasileiro Dom Pedro I para povoá-la. A desativada Real Feitoria do Linho Cânhamo fora um estabelecimento agrícola do governo onde eram produzidas cordas, mas que não dera muitos resultados, tendo falido, entre outros motivos, devido à corrupção dos administradores.

Início

Foi no porto da então cidade livre de Hamburgo que começou a aventura dos primeiros desbravadores alemães que colonizaram nossa região. Em 5/4/1824, partiram no veleiro Anna Luise e, após 2 meses de penosa travessia pelo Atlântico, aportaram em 4/6 no Rio de Janeiro.

Algum tempo depois, o grupo embarcou no navio costeiro Protector que os conduziu até Porto Alegre. Foram recebidos ainda a bordo pelo então Presidente da Província, José Feliciano Fernandes Pinheiro (futuro Visconde de São Leopoldo).

Em uma lancha, puseram-se a subir as sinuosas águas do Rio dos Sinos em direção ao seu destino final. Finalmente, em 25/7/1824, as primeiras 9 famílias alemãs (38 adultos + 1 bebê que nascera na viagem) desembarcaram no passo da antiga Feitoria do Linho Cânhamo, na então recém criada Colônia Alemã de São Leopoldo.

Praça em homenagem aos 100 anos de chegadas dos alemães a cidade.

Foram elas:

  • Família de Miguel Krämer (2 pessoas)
  • Johann Friedrich Höpper (5 pessoas)
  • Heinrich Timm (7 pessoas)
  • August Timm (4 pessoas)
  • Johann Pfingst (7 pessoas)
  • Paul Hamel (4 pessoas)
  • Gaspar Bentzen (3 pessoas)
  • Johann Jaacke (4 pessoas)
  • Johann Rust (3 pessoas).

Desses 39 imigrantes, 33 eram evangélicos, algo até então totalmente desconhecido por aqui. Enquanto aguardavam a destinação do seu pedaço de terras, as famílias foram abrigadas nas dependências da antiga Feitoria, o que incluía a velha casa de pedra. Até 1830, quando se encerrou a primeira fase da imigração, estima-se que tenham chegado cerca de 5.000 alemães à região. 

A atual Casa do Imigrante, além de sua importância como abrigo dos primeiros alemães que aqui chegaram, pode também ser considerada como o Marco Zero Evangélico. Foi ali que, há 195 anos, aconteceu o primeiro culto não-católico em toda a região sul do Brasil. 

Fonte:

Museu Histórico Visconde de São Leopoldo

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