A estação ferroviária de Hansa Humboldt, antigo nome de Corupá, foi inaugurada em 1910. O nome da localidade foi dado em homenagem ao naturalista alemão Alexander von Humboldt e à Companhia Hanseática de Colonização, denominada Hansa Humboldt, dirigida por Karl Fabri e que tinha um contrato com o governo de Santa Catarina para colonizar o Estado.

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Durante a Segunda Guerra Mundial

Nos anos 40, em plena Segunda Guerra Mundial, o nome da estação, em alemão, cuja língua foi proibida até em escolas, teve de ser alterado sendo escolhido Corupá. À época, porém, os habitantes de Hansa, amedrontados, nunca se perguntaram o porquê da mudança, quem mandou mudar e o que significava o nome. Corupá é de origem indígena e significa paradeiro de seixos, um lugar de muitas pedras, referência às montanhas e leitos pedregosos dos mais de dez rios que cortam o município

Um momento histórico

Mas a chegada do primeiro trem da Companhia Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande do Sul foi o grande e decisivo acontecimento daquele ano de 1910.   Com ele veio muito material para a continuação da ferrovia serra à cima, em direção  a Mafra: cimento importado da marca Portland transportado em barris, cal da marca Carboline um, em sacos, tintas e ingredientes para a conservação da madeira, ferramentas e até explosivos à base de dinamite já que a região, bastante rochosa, exigia a construção de “atalhos” em meio à densa floresta existente. Bastante estreita e em leito de terra e rodeando penhascos, a antiga estrada de ligação entre Corupá e São Bento do Sul dá uma ideia clara do que foi a construção da ferrovia entre as duas cidades.

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Velocidade na construção

 O progresso da Vila Hansa Humboldt ocorreu de maneira rápida, uma vez que ali se instalou o novo acampamento da firma construtora da ferrovia. O transporte de passageiros, no início, era oferecido apenas aos sábados  porque  a prioridade era a de construção da estrada de ferro para se chegar o quanto antes a Mafra. Isso permitira que a empresa Lumber, do município de Três Barras (no Planalto Norte) pudesse exportar madeira, principalmente araucária, pelo porto de São Francisco do Sul.  A empresa foi a maior responsável pela quase extinção da espécie produtora de pinhão nessa região catarinense e em parte do Paraná. A velha estação de madeira foi substituída por uma de alvenaria, hoje utilizada pela América Latina Logística. 

 Celso Machado – O Correio  do Povo: 21/03/14

Texto retirado do site: https://noticiascorupa.blogspot.com/2014/03/o-trem-chega-corupa.html